segunda-feira, 27 de junho de 2011

Monte Alegre do Sul

Texto: Leandro Amaral / Fotos: Divulgação
Monte Alegre do Sul




















Uma cidade pequena e muito pacata. Monte Alegre do Sul tem diversos alambiques e adegas de cachaças e vinhos artesanais. Porém, não é só de bebida que vive a cidade. Monte Alegre oferece opções de lazer, como a visita à  cachoeira do Falcão, ideal para quem gosta de estar em contato com a natureza. Há, ainda, a Fonte Girardelli e o balneário, em estilo neocolonial, recentemente reformado, que proporciona diversos tratamentos hidroterápicos. Próximo ao balneário, a Fonte Bom Jesus tem propriedades medicinais e sua água é indicada para diversos tratamentos. Mais afastada do centro, a Fonte da Índia é o cartão postal da cidade.

As casas antigas, que datam do século XIX, estão bem tratadas e coloridas. Um verdadeiro cartão postal, que também possui uma amostra da arquitetura neoclássica e neocolonial do Circuito das Águas Paulista. O Santuário do Senhor do Bom Jesus, Morro do Cristo, Pontilhão da Mogiana, Fonte Girardelli e a Estação Experimental são outras opções de passeio que Monte Alegre oferece.

O mês de julho remete a uma das frutas mais apreciadas no país, o morango. Em várias regiões do Estado a festa da fruta é destaque nesse período. O Circuito das Águas Paulista não poderia ficar de fora. Hoje, possui a mais conhecida Festa do Morango da região, organizada na cidade de Monte Alegre do Sul, criada em 1994, com o objetivo de fomentar a produção do morango. O sucesso foi tanto, que a organização do evento foi obrigada a repetir a festa nos anos seguintes. Hoje, é o maior evento desse tema na região e o mais visitado.

O acesso a Monte Alegre do Sul pode ser feito pelas vias Fernão Dias, Anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro. Alinha-se entre grandes montes, esses integrantes das serras do Lambedos e Caraguatá, belas ramificações da Serra da Mantiqueira. Seus terrenos são, literalmente, acidentados.

O Município possui, aproximadamente, 6 mil habitantes, em sua maioria descendentes de italianos. Do número local de habitantes, 2 mil residem na zona urbana e 4 mil na zona rural. A população fixa acrescida da população flutuante chega à 12 mil pessoas.

Para onde quer que se olhe, podem-se admirar montanhas verdejantes com sua rica fauna e flora e de vez em quando curtir o vôo de garças e tucanos.

Região é conhecida pelas cachaças
Da orgânica à tradicional, as premiadas cachaças do circuito despertam a atenção dos visitantes e ganham roteiro próprio.

A região detém duas das três melhores cachaças do Estado, segundo o Concurso Paulista de Cachaça de Alambique deste ano, que teve mais de 150 participantes. Segunda colocada no concurso, premiada na categoria cachaça não envelhecida, a cachaça da Adega do Italiano, em Monte Alegre do Sul, se destaca no Circuito. Em Monte Alegre do Sul outras cachaças, como a Cachaça Chora Menina, Cachaça Campanari e a Cachaça Rouxinol também ganham cada vez mais expressão no mercado.

 A cidade de Socorro ficou em terceiro lugar na categoria não envelhecida, com a cachaça Galo Branco. Além disso, o alambique da Pioneira chama a atenção com seu processo 100% orgânico, sendo o primeiro alambique de cachaça orgânica do Estado de São Paulo e o terceiro do país. Hoje, Socorro possui cerca de 34 alambiques, como o Caribeña, Diamante das Montanhas, Cachaça do Campo e o Cachaça Morete. A Caribeña é exportada há 2 anos para os Estados Unidos com o nome de Cuca Fresca. Este ano, participou de um concurso de bebidas destiladas e fabricadas no Brasil, o São Francisco Word Spirit. Concorrendo com mais 20 cachaças brasileiras a Caribeña (Cuca Fresca) conquistou medalha de ouro.

Já em Serra Negra, as cachaças Theodoro e Santo Remédio, produzidas na Fazenda Amábile, reúnem o processo original de fazer cachaça e tecnologia de equipamentos. O clima da cidade ajuda na boa qualidade da cana-de-açúcar, que acumula maior quantidades de açúcares em seu interior. Um diferencial dessas cachaças é que são armazenadas para descanso em tonéis de jequitibá rosa ou envelhecida em barris de carvalho. Já entre as produzidas pela Família Carra, destaque-se a do “Nono do Tijuco”, elaborada em comemoração do centenário do nascimento de Juscelino Kubitschek. A produção foi solicitada por Antoninho Rapassi, presidente do Instituto Semana JK, em Americana.

Em Águas de Lindóia, um simpático senhor Ditinho, com seus mais de 74 anos, é o personagem central do Engenho do Barreiro, uma construção colonial do século XIX, que desperta a curiosidade dos visitantes. Lá, peças que poderiam estar em museus, contam um pouco da história da cidade e da fabricação da cachaça com a ajuda do sr. Ditinho. Feitas artesanalmente, as cachaças do Barreiro podem ser degustadas no próprio sítio e os turistas ainda vêem a cachaça azul, um dos três tipos de cachaças produzidos por lá.

Sucesso em Lindóia, o Engenho Cavalo de Tróia, além de alambique, faz produtos artesanais, como o fubá e, ainda, café torrado e moído na hora, suco de uva e o conhecido sorvete de queijo.

Na cidade de Jaguariúna o alambique que mais se destaca é o do Sítio Jequitibá, que faz a cachaça Jequiti, a primeira bidestilada do país. Um dos diferenciais do alambique é a produção em  escala reduzida, com uma cachaça mais leve e suave.

A Adega Benedetti, em Amparo, fabrica a cachaça Flor da Montanha. A história da família Benedetti, como produtores, iniciou em 1929. A cachaça começou a ser produzida juntamente com o açúcar e, hoje, a bebida é uma das mais conhecidas em toda a região.

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