sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Percorremos os alambiques de Monte Alegre do Sul e Socorro e escolhemos os melhores. Leia sem moderação

os segredos da rota da cachaça paulista
Aryane Cararo - O Estado de S.Paulo
linkProduzir cachaça foi o modo que o artista plástico e arquiteto Edson Peres encontrou para diversificar as atividades da Fazenda Salmo XXIII e "beber uma bebida fina", como conta sua mulher, Mila, de 53 anos. A cachaça feita pela família fica guardada em tonel de carvalho escocês. "É quase um uísque de cana", diz Mila. Hoje, quem toca a produção de 2 mil litros anuais (garrafas a R$ 20 e R$ 30) é Ramsés, filho de Edson.
linkOnde fica: km 3 da estrada para Pinhalzinho, Monte Alegre do Sul; (0--19) 3899-1694
Barris exibem fotos tiradas desde 1932, quando a produção teve início nesta destilaria - José Patrício/AE
José Patrício/AE
Barris exibem fotos tiradas desde 1932, quando a produção teve início nesta destilaria

linkÉ no pequeno e rústico Sítio Santo Antônio que se produz a Cachaça Campanari, uma das mais antigas de Monte Alegre do Sul. A qualidade da bebida é reconhecida: foi premiada nos dois últimos concursos nacionais de cachaça promovidos pela USP (o Concurso de Qualidade da Cachaça, dentro do evento Brazilian Meeting on Chemistry of Food and Beverages). À frente da produção está Antonio Sérgio Campanari, o Neno, de 46 anos, neto do italiano Luigi Campari, que começou a destilar a caninha em 1932. A receita foi repassada para vários descendentes, que montaram outros alambiques. As fotos dessa saga estão nos barris de carvalho expostos na loja, que vende garrafas a partir de R$ 15.
linkOnde fica: Estrada de Monte Alegre do Sul, bairro dos Limas-Barra; (0--19) 3899-2583
linkPara quem acha que alambique tem de ter máquinas de cobre, roda d?água e muita história, o Chora Menina preenche todos os requisitos. Administrado por Rodrigo Borin, o lugar foi fundado por seu avô, em 1956, e ganhou esse nome porque eram as três filhas que pegavam no pesado para ajudar o patriarca italiano. Hoje, o local produz 7 mil litros por ano. Cada garrafa é vendida a R$ 13.
linkOnde fica: Chácara Santo Antonio, em Monte Alegre do Sul; (0--19) 3899-1061
linkTirolesa, trilhas e destilaria fazem parte das atrações do Hotel Fazenda Campo dos Sonhos, em Socorro. Ali se produz a caninha Do Campo, que fica ao menos três anos descansando em barris de carvalho. Há também uma versão bidestilada: a pinga comprada de produtores da região é destilada pela segunda vez e ganha um sabor especial. O alambique produz até mil litros da bebida por mês - garrafas saem por a partir de R$ 10.
linkOnde fica: Estrada dos Sonhos, km 6; (0--19) 3895-3161
linkNo Cantinho da Ni, Dulce Daólio, de 54 anos, dá continuidade a uma tradição que começou com seu avô, o italiano Horácio, em 1918. Hoje, o alambique produz cerca de 500 litros da cachaça Dirceu Daólio por mês - que pode ser vendida pura ou misturada a mel, anis, jurubeba... Ou destilada com folha de mexerica (a cachaça azul). Cada garrafa sai por R$ 12.
linkOnde fica: Estrada do Bairro dos Alves, Monte Alegre do Sul; (0--19) 3899-1234 e 6168-1438
linkO alambique da Caribeña, em Socorro, impressiona. Em cinco salões estão barris de carvalho de 270 litros e tonéis gigantes, com até 15 mil litros. São 400 recipientes só de cachaça envelhecida por pelo menos oito anos. O profissionalismo e a infraestrutura são impecáveis. Mas não espere clima artesanal. Garrafas desde R$ 10.
linkOnde fica: Fazenda São José do Rio das Antas, Bairro dos Cardosos; (0--19) 6168-1438
linkPerto do centro de Monte Alegre do Sul, a Adega do Italiano é um dos alambiques mais conhecidos de Monte Alegre do Sul. Além de conferir a boa qualidade do destilado, aproveite para bater papo com José Narciso Salzani, de 51 anos, que construiu a adega de pedra há 27. Garrafas a partir de R$ 13.
linkOnde fica: Pousada da Fazenda, Rua Joaquim de Oliveira, s/nº; (0--19) 3899-2026

Um comentário:

  1. Marcos Limoli { Linkedin }
    Porta-Voz & Formador de Opinião.
    REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

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